<body><script type="text/javascript"> function setAttributeOnload(object, attribute, val) { if(window.addEventListener) { window.addEventListener('load', function(){ object[attribute] = val; }, false); } else { window.attachEvent('onload', function(){ object[attribute] = val; }); } } </script> <div id="navbar-iframe-container"></div> <script type="text/javascript" src="https://apis.google.com/js/platform.js"></script> <script type="text/javascript"> gapi.load("gapi.iframes:gapi.iframes.style.bubble", function() { if (gapi.iframes && gapi.iframes.getContext) { gapi.iframes.getContext().openChild({ url: 'https://www.blogger.com/navbar.g?targetBlogID\x3d3464953016781432936\x26blogName\x3dcueio+na+toca\x26publishMode\x3dPUBLISH_MODE_BLOGSPOT\x26navbarType\x3dBLUE\x26layoutType\x3dCLASSIC\x26searchRoot\x3dhttps://tocadocueio.blogspot.com/search\x26blogLocale\x3dpt_BR\x26v\x3d2\x26homepageUrl\x3dhttp://tocadocueio.blogspot.com/\x26vt\x3d1685128264856141912', where: document.getElementById("navbar-iframe-container"), id: "navbar-iframe" }); } }); </script>
Victor rs



sábado, 3 de abril de 2010
tu-tu-tu

Vivo em uma era barulhenta. Passo a maior parte do meu tempo procurando o silêncio que se esconde por trás de tantos ruídos. Desligo a televisão e é o rádio, desligo o rádio e é a cafeteira, desligo a cafeteira e são os vizinhos. Ouço o trem, o ventilador, a cama rangendo e a garota perguntando “você está me ouvindo?”
Como queria não estar.
Alguém chama minha atenção no Messenger, essa era a minha música preferida, a campainha não para de tocar.
Não estou.
“Acho que seu problema é cansaço”.
Deve ser. O problema é que, na minha época, havia um botão silenciador no controle remoto.
“Não estou escutando, fale mais alto”.
Esqueça.
Um anúncio, o chuveiro, um grito, o telefone, a geladeira. Toda vez que acendo ou apago a luz ouço aquele clique insuportável. Os cachorros da casa ao lado, um bebê chorando.
Até quando desligo o telefone. Tu-tu- tu.
Essa é uma era barulhenta. Acho que o silêncio não existe. E vai ser assim enquanto as pessoas continuarem a almoçar pílulas e a usar chupeta para conseguir dormir. Essas precisam de ouvidos funcionando para se convencer do quão ótimo suas vidas são. Não há nada errado.
Mas algo está errado comigo.
Às vezes acho que o silêncio foi proibido. Acho não, tenho certeza. O silêncio é meio perturbador, vazio demais, é quase um reflexo da nossa rotina.
“Aumente o volume, não quero pensar”.
Eu sei.